A vida nos surpreende todos os dias de alguma forma, as vezes positivamente ou nem tanto assim, e a maioria de nós carregamos o sentimento de eternidade, e nos esquecemos de que a brevidade da vida nos espreita a porta a cada minuto que vivemos.
│ Como diz SARAMAGO: “A vida é breve. Mas, cabe muito mais nela do que somos capazes de viver.”
Amo escrever artigos que de alguma forma possa trazer reflexões para a vida diária, seja voltada para o pessoal ou profissional, entretanto, que de alguma maneira possa germinar o fruto de vivermos o mais próximo possível do que acreditamos “cada um” ser a melhor maneira de viver.
E, para escrever esse artigo fui motivada por uma vivência pessoal: o luto pela partida de 02 amigos dentro da mesma semana.
Diante desse sentimento tão difícil de viver, as lembranças parecem sair da realidade racional e acessam algo dentro de nós, que nos remetem a muitas emoções, talvez adormecidas dentro do nosso ser. A cabeça parece acelerar, passamos a sentir um turbilhão de sensações mais díspares possíveis. As lembranças vêm à tona, do mais profundo da nossa memória, numa velocidade intensa, fazendo a mente refletir sobre cada vivência lá armazenada.
Entretanto, maior que qualquer lembrança ou emoção, parece ser a tentativa (frustrada e irracional) de tentar justificar ou entender a morte, na intenção de diminuir a dor. Somos conscientes que de a única certeza que temos é a morte, e sabemos que quando ela chega, ela é um ponto final e não uma vírgula.
Mas, como aceitar que chegou a hora de partir? Como lidar com as condições da “partida”, às vezes tão violentas e dolorosas?
Refletindo sobre tudo, me cerco da minha certeza: de que a vida é um grande mistério insondável e, quando o mistério “bate à nossa porta”, sobretudo na hora do adeus eterno a alguém que amamos, nossas reflexões nos fazem revisitar as nossas certezas.
Nesse momento quando perdemos alguém muito próximo, caem várias fichas e vem junto com tudo os velhos questionamentos: O que estou fazendo da minha vida? Está valendo a pena o que eu faço? Se fosse comigo esse momento, como eu teria partido daqui?
E, apenas nos resta diante da nossa fragilidade e vulnerabilidade humana, analisar as nossas fraquezas, e investir nesse projeto curto e intenso chamado: VIDA. Acredito que viemos para Terra com o propósito de sermos seres plenos. E, talvez a respostas que buscamos para todo esse segredo, seja apenas ser GENTE de verdade. Lidar com nossas imperfeições, aceitar o outro com as suas imperfeições, e lutar sim pelos nossos objetivos, mas buscando o equilíbrio de nos mantermos conectados com o que realmente importa: viver intensamente.
Aproveitar de verdade cada oportunidade para SER, e não apenas existir. Somos pequenos diante da imensidão do mundo, mas a nossa grandeza está em reconhecer essa pequeneza, não no sentido de inferioridade, mas diante da grandeza do mundo e de tudo que nos cerca, e entender e acolher a finitude, que podemos ter tudo, mas não levaremos nada material conosco em nossa partida, apenas nossos gestos e palavras.
A vivência do luto é importante, sobretudo quando nos faz (RE)pensar a vida. Porém, luto até comigo mesma, para que possamos (RE)pensar a vida todos os dias ao irmos deitar e não apenas em momentos de dor como esse, possamos avaliar nossa existência.
Não sabemos cronologicamente quando iremos partir daqui, podemos querer ditar algumas regras, os mais velhos primeiro, os pais na frente dos filhos e assim por diante, porém, seja em que idade for, a vida é breve! A vida é realmente um SOPRO e de verdade, sempre caberá mais tempo à existência.
Que possamos viver intensamente e SER aquilo que a vida tem de melhor para nós.
Só temos uma vida para viver, por isso devemos fazer mais daquilo que nos faz bem. Sorria quando der vontade, ame, se jogue e enfrente seus medos. Se arrisque e não se arrependa dos fracassos, coloque-os no patamar de aprendizados.
│ É melhor viver a vida com plenitude e intensidade, porque nunca saberemos quando será o nosso último dia.
“A pessoa que fizer isso não precisará olhar para trás e se preocupar com a brevidade da vida, porque Deus encheu o seu coração de alegria.” Eclesiastes 5:20
Coach e Trainer em PNL
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