Tomar decisões na vida profissional nunca foi, não é e jamais será simples.
Existem inúmeras técnicas sobre o processo de tomada de decisões, e vou até falar um pouco sobre isso aqui no texto. Mas, na verdade, a discussão que eu gostaria de trazer é que não basta tomarmos decisões na carreira. Nós precisamos também de dedicação às escolhas.
A tomada de decisão
Não apenas para quem está em início de carreira, mas para todos nós, o dever de casa num processo de decisão na vida profissional passa pelo reconhecimento dos nossos próprios valores. Precisamos ter consciência daquilo que consideramos ser o certo para nós mesmos.
Já ouviu falar daquela história de viver o sonho dos outros?
É exatamente isso que quero trazer, pois as nossas decisões de carreira precisam considerar quais são os nossos próprios desejos e necessidades. Cada um terá uma resposta para isso.
Se eu não escolho por mim e com base na minha realidade, posso enfrentar um duro resultado no futuro – insatisfação pessoal e profissional, falta de realização, dificuldade financeira etc.
Não escolher por você significa que alguém está escolhendo por você, ou simplesmente que você está indo pelo vento, por onde a vida te leva.
Sempre comento com os jovens que é muito importante tomar as rédeas de sua carreira. Ninguém vai cuidar de sua carreira por você, e a inércia de não decidir por seguir seus caminhos e deixar a vida levar é um dos fatores mais comuns de insatisfação.
Coloque no papel
Por outro lado, é comum não termos a clareza do que queremos, principalmente quando estamos começando, decidindo qual curso fazer na universidade, qual especialização seguir, qual estágio ou oportunidade de emprego priorizar e assim por diante.
Nesse caso, uma das técnicas mais simples de tomada de decisão é colocar no papel – ou numa planilha – e fazer prós e contras, incluir fatores emocionais envolvidos, além dos financeiros, bem como de retornos de curto, médio e longo prazo.
Mais especificamente, faça uma lista de suas prioridades, com base naquilo que você deseja alcançar. Não importa muito o formato. Apenas dedique tempo a rascunhar e verá que a reflexão por si só já valerá a pena.
Considere, por exemplo, esses fatores:
• Financeiros (quais são seus objetivos, inclusive em termos de patrimônio ao longo da vida);
• Pessoais (o que você deseja para a sua vida pessoal e como sua carreira terá relação com isso);
• Propósito (o que alinha seus valores com seus objetivos);
• Mercado atual (quais são os principais profissionais e empresas, o que andam fazendo);
• Previsões futuras para esse mercado (pense que há profissões que estão se extinguindo e que é preciso se reinventar);
• Oportunidades de crescimento de longo prazo (nem sempre o retorno será imediato, então, avalie o quanto você está disposto a lutar para crescer ao longo de anos).
Decidir é abrir mão (sem lamentar)
Agora, entro na parte de dedicação às escolhas.
Um ponto muito importante da tomada de decisão é a consciência de que as escolhas nos fazem abrir mão de determinados caminhos. Decidir, mais do que escolher algo, é deixar outras coisas de lado. Por isso, lamentar o que não entrou nos planos é um grande atraso ou até mesmo barreira para a dedicação à escolha feita.
Lamentar é como escolher pela metade.
A partir do momento em que definimos qual será o caminho a ser seguido, não podemos nos prender a hipóteses do que poderia ter sido.
A dúvida muitas vezes nos coloca num abismo, numa situação estagnada horrível. Sem definirmos para onde ir, qual caminho seguir, podemos simplesmente nem começar nossos projetos, nem dar início a uma nova possibilidade.
Não é só a dúvida que nos impede de começar
E, então, sem ao menos tentar ou vivenciar experiências, jamais vamos dar chance para algo acontecer. Após a tomada de decisão, o passo é tomar medidas para validar aquilo que foi escolhido. Ou seja, decidiu? Tira a bunda da cadeira!
É aí que entra em cena o nosso perfeccionismo, a nossa necessidade de querer ter controle de tudo. O medo de errar.
| A falha começa na nossa falta de ação.
Uma das frases mais simples, mas também mais significativas, do cinema nos ensina que nossas decisões começam a tomar forma a partir da ação. "Faça ou não faça. Tentativa não há", disse Yoda.
Não existe meio termo. Assim que definimos o que queremos ou precisamos fazer, é essencial manter disciplina, foco e esforço para seguirmos em frente com as escolhas.
| Erros fazem parte. Mas fazer mais ou menos não é uma opção.
* Marcelo Miranda é CEO da Consolis Tecnyconta
Fonte: administradores.com
Fonte da imagem: Freepik
E você já teve que tomar uma grande decisão na sua carreira? Comente e ajude outras pessoas a encontrarei seu caminho com seu comentário!
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