6 fatores para avaliar – e melhorar – o seu bem-estar

Você diria que, no geral, é feliz? Se sim, diria que tem "bem-estar"? Ou melhor, seriam felicidade e bem-estar a mesma coisa?

Não, de acordo com a doutora Carol Ryff, psicóloga da Universidade de Wisconsin-Madison, que tem décadas de pesquisa na psicologia da felicidade e do bem-estar. Uma vida bem vivida oferece a verdadeira medida do que é o bem-estar, argumenta Ryff, e viver essa vida não significa que você será feliz o tempo todo.

O que é bem-estar?

Quando Ryff iniciou sua pesquisa na área de bem-estar, estudos da época se focavam em sentimentos positivos e negativos, que, por razões técnicas, definiam "felicidade" como o equilíbrio entre as duas partes, mais sua satisfação geral com a vida.

Ryff deslocou a definição de bem-estar de uma simples equação com a felicidade. Segundo ela, muitos outros fatores, além da felicidade, contribuem para o bem-estar:

1. Autoaceitação

Autoaceitação inclui conhecer seus pontos fortes e fracos e estar em contato com sua visão pessoal – tudo com uma mentalidade positiva. Aqui, a "autoconsciência emocional", competência de Inteligência Emocional, pode ser de grande ajuda, assim como a "perspectiva positiva", competência de autogestão. 

Um sinal de autoaceitação: você se sente bem com o seu passado, ao mesmo tempo em que é franco consigo mesmo sobre como poderia melhorar e crescer. Resumindo, você se aceita como é, sem receios.

2. Relacionamentos positivos

Relacionamentos positivos nos fazem perceber, com empatia, como os outros veem as coisas, e permitem que usemos essa compreensão para cultivar relacionamentos de cuidado e confiança mútuos. 

Ao longo de nossas vidas, isso significa fazer um esforço para nos conectarmos e estarmos dispostos a trabalhar, até mesmo fazendo concessões, se necessário, para mantermos um relacionamento significativo.

3. Autonomia

Autonomia significa que agimos em sintonia com nossos valores (um alinhamento interno que requer autoconsciência). Podemos resistir às pressões sociais que nos levariam a agir contrariamente à nossa bússola interior. 

A autonomia nos dá liberdade pessoal para termos ideias independentes, não apenas aquelas do nosso grupo. Um sinal: uma rica vida interior.

4. Domínio de ambiente

Domínio ambiental se refere a encarar o mundo com confiança. Isso nos permite aproveitar as oportunidades quando elas surgem e nos liberta para procurar (ou mesmo criar) situações que se adequem aos nossos valores.

5. Propósito de vida

O propósito de vida nos coloca em contato com nossa bússola interior, para que possamos buscar objetivos significativos. Correr atrás desses objetivos pode não ser sempre agradável ou nos fazer feliz, mas nos dá uma grande sensação de satisfação por nossos esforços serem importantes.

6. Crescimento pessoal

Por fim, crescimento pessoal significa que estamos abertos a novas experiências e buscamos o desenvolvimento contínuo enfrentando novos desafios. Um sinal: o gosto pelo aprendizado contínuo – seja uma aula de culinária, um workshop sobre novos métodos de contabilidade ou a aprendizagem de uma nova língua.

A pesquisa de Ryff concluiu que pessoas que têm pontos fortes nestas seis dimensões levam vidas particularmente satisfatórias – e, como bônus, uma saúde melhor.

| Encare o modelo de bem-estar de Ryff como um checklist para viver uma vida com mais satisfação. 

Observando os ingredientes do bem-estar, como você tem andado ultimamente?

Daniel Goleman é um dos maiores experts em liderança e inteligência emocional do mundo dos negócios. 

Fonte: Administradores.com

Fonte da imagem: Adaptado do freepik

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